Depois de longos anos de uma linda história, eu descubro que nosso amor está a ponto de expirar a validade.Mas, desde quando eu acreditei na validade do amor? Não do nosso amor...um amor que se revelava através da alegria do convívio diário, dos planos para o futuro, da presença diária e inabalável na vida de nossos filhos, das demonstrações de afeto e cumplicidade mútuos.
Mas, de repente, te percebo alheio a tudo o que vivemos; seu pensamento parece distante, seu riso forçado, seus carinhos sem dimensão. Descubro um torpedo suspeito em seu celular, infindáveis ligações para um número que conheço bem. Oh, Deus, como desejei desconhecer aquele destinatário!
Então, vem o confronto, os questionamentos, as indagações e, porque não dizer acusações, lágrimas amargas, um grito preso na garganta que dói tal qual uma enfermidade fatal. É,dor de amor machuca tanto que se soubesse que doía assim, nem teria amado.
Depois das brigas o óbvio, o exame de consciência, as perguntas já conhecidas: Quem errou? Quem magoou tanto a ponto de por de lado um amor tão sólido? Quem se negou a enxergar que o outro distanciava-se? Quem, como e por quê?!
Aí você me diz que não sabe se quer ir embora, largar a história que construímos. Mas também não sabe se quer ficar, perder o que o futuro pode lhe oferecer... Você simplesmente não sabe o que quer. Não sabe o sim ou o não... tem medo, se acovarda, parece um menino solitário e sem rumo.
E o que faço? Perdôo seus deslizes? Me desfaço das mágoas? Te permito ficar e proponho um recomeço... Saiba que é difícil para nós dois, também me acovardo e estou cheia de dúvidas, mas... (Continua)